segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Por Michel Blanco . 31.10.11 - 10h13

Comentários cancerígenos

A repercussão do câncer de Lula na internet remete ao clima de baixarias que inundaram as redes sociais nas eleições 2010. Não à toa. Lula é peça-chave no jogo político, e a boçalidade destampada no período eleitoral continua a ser alimentada à farta.
O ex-presidente fez bem ao tornar logo público o tumor na laringe. Agiu com a transparência que se espera de quem deixou o Planalto com índice de aprovação de 87%. Não se trata apenas de um drama pessoal. Embaralha qualquer cenário que se vislumbre para as eleições municipais de 2012 e, obviamente, para a sucessão presidencial de 2014.
É nesse contexto que desponta nas redes sociais a campanha “Lula, faça o tratamento pelo SUS”. Ela renova o ódio reacionário que marcou a disputa eleitoral do ano passado, em que o auge foi a exortação do afogamento de nordestinos em São Paulo.
Lula poderia ir a um hospital público, como o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, mas preferiu o Sírio-Libanês, onde seus médicos trabalham – também ali se trataram de câncer o então vice-presidente José Alencar e a então chefe da Casa Civil Dilma Rousseff. Aliás, é desejável que ele não ocupe vaga de quem depende da rede pública de saúde.
Por que a campanha para Lula se tratar pelo SUS? Só ressentimento e ignorância explicam tamanha estupidez. Algum mimimi se no lugar do petista estivesse um tucano de densa plumagem? E se Lula fosse ao Instituto do Câncer não receberia tratamento de ótima qualidade, como todos que lá estão? O mais curioso é ver que o sujeito que quer Lula num leito público também comemorou o fim da CPMF, cuja extinção beneficiou uma parcela de brasileiros que, da classe média para cima, deixaram de entregar 0,1% sobre o valor de cada movimentação financeira para a saúde pública.
O ódio dessa minoria contra Lula escandaliza agora alguns de seus críticos sensatos na imprensa. Mas não se trata de cobrar comportamento decente de leitores, quando parte da mídia é responsável por fomentar essa raiva e dela se beneficia. Basta recordar como foi a cobertura do título honoris causa concedido a Lula pela Sciences Po.
Choca que a galera vomite nas redes tanta escrotidão com a mesma — ou até mais — desinibição que em círculos íntimos. A parada, porém, é mais profunda. Não é uma questão de compostura, mas classe. Melhor, classes. Num clima que transborda o  ódio de quem sente as referências de exclusividade social se esvair, ainda que muito, mas muito lentamente.

terça-feira, 25 de outubro de 2011


A estatização e intervenções
nos partidos políticos.

Leonardo Silveira

Ouvimos falar incessantemente sobre a incansável e esperada reforma política, porém grande parte da sociedade acha que esta discussão não a atinge.  Este afastamento se deve a um procedimento equivocado de demonização da política, que é um grave erro, pois a força da democracia está intimamente ligada à capacidade de intervenção social no estado, e apesar de novos mecanismos de controle envolvendo a sociedade, a principal forma ainda está na ação através dos partidos políticos que são as vias de acesso aos cargos eletivos e assim de manutenção ou substituição deles.
Vemos a estagnação de propostas de reformas políticas e isto se deve muito a ausência de participação e esvaziamento da sociedade em relação a maioria dos partidos políticos. Esta atitude permite, por exemplo, que a maioria dos partidos que deveriam representar o extrato heterogêneo da sociedade sirva apenas de legendas de aluguel e ferramenta eleitoral, e este enfraquecimento e afastamento da sociedade da vida partidária permitem intervenções traumáticas de direções estaduais ou nacionais sobre as municipais por estarem comprometidas apenas com a manutenção de seus cargos e assim chegam a bizarrice de destituírem de direções partidárias municipais consolidadas e comprometidas em virtude da pura equação e permanência  de um projeto de poder , cargos e salários e isto está muito próximo de nós como pôde ser observadas nas intervenções em massa ocorridas às vésperas das eleições municipais de 2008  e para se evitar o mal estar que provocou neste episódio, hoje acontece antecipadamente para se tentar evita o ato flagrante, e desta vez a vítima foi o PDT local.
Esse efeito do desejo da manutenção de cargos e benesses e uso esvaziado de instituições partidárias têm provocado uma estatização de vários partidos políticos por parte de direções superiores que por ocuparem cargos e receberem do estado de uma forma geral, acabam sendo mais fiéis ao interesse do estado que aos da sociedade que deveria promover o controle do estado a partir dos partidos políticos, e a correção desta aberração é esperada pela reforma política que deve envolver a sociedade para garantir maior legitimidade.



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

R$ 150 mil para evitar publicação de matéria na revista Veja - revela o Estadão

  Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 23/10/2011 as 17:28hs   

Sem querer o jornal Estadão jogou a revista Veja no caldeirão de suspeitos de cobrar R$ 150 mil para silenciar sobre encândalos.

Foi nesta matéria, onde o alvo era Agnelo Queiroz, mas se a Polícia Federal investiga as conexões políticas no caso, agora não pode deixar de fora as investigações sobre a revista Veja, para averiguar se a revista não estaria participando da partilha do dinheiro da máfia que fraudou convênios com o Ministério do Esporte.

Eis o trecho do Estadão onde "entrega" a revista:

Geraldo Nascimento contou à Polícia Civil que na reunião foi debatida uma forma de arrecadar R$ 150 mil para tentar evitar a publicação da matéria pela revista Veja, baseadas nas acusações feitas por Michael. A matéria foi publicada em abril de 2008. Discutiriam também o que fazer com o delator.

Clique nas imagens para ampliar
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,motorista-reafirma-reuniao-entre-agnelo-e-ongs,788930,0.htm


É preciso advertir que estas acusações, como as outras, são frágeis, muita coisa baseada apenas em depoimento sobre a tal reunião, na base do "ouviu falar", do "fiquei sabendo". O depoente sequer diz que participou, nem que testemunhou. Além disso ele está envolvido no desvio das verbas e participou da campanha da família Roriz em 2010. Então todo cuidado é pouco.

Mas o fato é que a revista Veja publicou uma matéria na edição 2057 de 23 de abril de 2008, com o referido Michael atacando Agnelo.

Agnelo é o alvo das acusações na revista nesta matéria, o que evidencia que ele não pagou propina à revista para não ser atacado.

Isso poderia ser evidência a favor da revista, porém...

... nenhuma linhazinha sobre o PM João Dias. O nome dele nem é citado. E, em outros jornais, Michael o acusa de o ter ameaçado e até quebrado o pulso.


 A revista saiu no sábado, dia 19 de abril de 2008.

Dezenove dias antes, no dia 01 de abril, o PM João Dias fora preso na Operação Shaolin, como comprova esta matéria do Correio Braziliense:


Por que a Veja fez silêncio sobre a Operação Shaolin e sobre o PM, e só atacou Agnelo?

E não foi apenas nesta edição 2057. Não há registro nos arquivos digitais da revista (arquivo completo com todas as edições) sobre a Operação Shaolin, nem da prisão do PM. Seu nome só aparece nas páginas da revista agora, em outubro de 2011.

O povo quer saber:

1) A revista (ou alguém da revista) recebeu ou não propina de R$ 150 mil do PM João Dias, para não publicar denúncias contra ele?

2) Qual o pacto da revista Veja com o PM João Dias, para esconder todos os escândalos que ele está envolvido desde 2008, e só citá-lo agora quando ele quis aparecer como "denunciante"?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

NIVALDO MENTE E ATACA O PT NA TV CAMPOS DE MINAS
Na foto, Reginaldo entrega chaves de ônibus escolares a Nivaldo.

O Prefeito Nivaldo Andrade, em entrevista ao programa Conversa Franca da TV Campos de Minas atacou o Partido dos Trabalhadores.

Depois de bajular o Senador Aécio Neves (que possuiu correligionários na TV), disse que foi o Cristiano Silveira, então vice prefeito que havia mandado fechar o Restaurante Popular. 

Em sua página na rede social Facebook, Cristiano lembra que foi ele quem buscou recursos no Ministério do Desenvolvimento Social, para a reforma do Restaurante que foi reinaugurado por Nivaldo.

Também em entrevista em rádio local, Cristiano falou que quem condenou a situação do Restaurante na época foi a Vigilância Sanitária. 

" Foi Nivaldo que deixou o Restaurante Popular acabar e fui eu com o Deputado Reginaldo Lopes que arrumamos os recursos para sua reforma. A população toda sabe disso e não adianta ele mentir por medo de perder as eleições para o PT".

Ainda em sua entrevista, Nivaldo falou que o PT não mandou nenhum centavo para a Prefeitura e se alguém provasse ele renunciaria a seu mandato. Porém, se considerarmos os dois ônibus escolares e a instalação da escola técnica, o IFET, que vieram para cidade através da atuação do Deputado, Nivaldo deveria renunciar e ficar o resto da vida sem participar de eleições.

Leonardo Silveira, Presidente do PT  local, atribui a série de ataques promovida pelo Prefeito como o melhor sinal da força do partido e do bom momento que a legenda vive. " Estamos muito próximos de chegar à Prefeitura e mudar a história da cidade".

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Plim-Plim! PF abre inquérito contra Ricardo Teixeira. Assunto: suborno pelos direitos de TV na Copa.

A Polícia Federal abriu nesta segunda-feira (17) um inquérito para investigar o presidente da CBF e seu irmão Guilherme Terra Teixeira.

Ambos são investigados por crime de lavagem de dinheiro no episódio da empresa Sanud - sediada no paraíso fiscal de Liechtenstein.

A Sanud, de propriedade de Ricardo - Guilherme é procurador da Sanud - teria remetido ilegalmente ao Brasil US$ 9,5 milhões (cerca R$ 16,7 milhões), com origem em suborno da extinta empresa ISL, acusada de dar dinheiro a cartolas da Fifa em troca de privilégios nos contratos de transmissão de TV da Copa do Mundo nos anos 90.

Ganha um Plim-plim quem adivinhar qual Rede de TV tinha os direitos de transmissão no Brasil. (com informações do portal Terra)




A investigação acima é resultado de outra, na Suíça, deflagrada em 2001, quando a TV Globo pagou o sinal de US$ 60 milhões por direitos de transmissão da Copa de 2002.

O pagamento foi feito a empresa do grupo ISL, que representava a FIFA na época, e a empresa teria desviado este dinheiro para uma conta "secreta" em Liechtenstein (coincidentemente, onde ficava a sede da SANUD).

A Fifa havia dado queixa contra a ISL, o que deflagrou o processo na justiça Suíça. Em 2004, inexplicavelmente, a FIFA retirou a queixa penal. Mas os desdobramentos destas investigação chegaram a uma rede de subornos dos cartolas ligados à FIFA, e entre os acusados está o presidente da CBF (a história toda está aqui).

Jornal Nacional leu a noticia em tom de nota de pesar.
Sem ter como esconder uma notícia confirmada pela Polícia Federal, o Jornal Nacional se limitou a ler a notícia com visível constrangimento, como se lê uma nota de pesar.br />
Só apareceu o locutor Willian Bonner lendo o texto da forma mais discreta possível. Fátima Bernardes se encarregou de ler a nota de Ricardo Teixeira tentando desqualificar a denúncia.


Curioso... não ter levado ao ar:

- aqueles textos destacados de documentos;
- nem o delegado da PF Vitor Poubel (que falou à TV Record, confira o vídeo acima);
- nem o procurador da República Marcelo Freire, que pediu a investigação;
- nem o Ministro da Justiça (abordado pela Record);
- nem a opinião de especialistas;
- nem mesmo o Galvão Bueno, puxa vida!
- nada de infográficos;
- nada de fotos ao fundo.
 
Noticia do blog osamigosdopresidentelula.blogspot.com

segunda-feira, 17 de outubro de 2011


ATÉ OS ALIADOS JÁ PERCEBERAM QUE AÉCIO É UM SACO DE VENTO


RICARDO MELO
(Folha de São Paulo, 13/10/2011)

É isso, Aécio?
SÃO PAULO - Por ossos do ofício, resolvi ler a entrevista concedida pelo senador tucano Aécio Neves ao "Estado de S. Paulo", publicada no domingo passado. Esperava identificar ali alguma ideia relevante, a favor ou contra, pouco importa, mas alguma ideia capaz de estimular o debate político. A depender do vazio demonstrado pelo eventual adversário, o PT pode dormir tranquilo por vários anos no poder.
Globalizadas ou não, até novelas e pessoas de instrução modesta incorporaram ao repertório assuntos como recessão e estratégias de crescimento; soluções para evitar o desemprego; Ocupe Wall Street; União Europeia; crise financeira global; corrupção; quebradeira de bancos.
Não seria exigir demais que alguém, no enésimo lançamento de sua candidatura à Presidência, apresentasse opiniões sobre este universo tão vasto. Duas penosas páginas depois, a decepção é absoluta.
Em vez disso, nós e a repórter somos maltratados por frases como: "Decisão correta no momento errado é uma decisão errada"; "Será o futuro versus o passado"; "Ou vamos todos unidos de verdade ou não teremos êxito"; "Política é arte de administrar o tempo"; "O projeto original que trouxe o Brasil até aqui é do PSDB, mas o que está em execução agora é um software pirata".
Ao longo do palavrório, nem mesmo a lógica fica de pé. Aécio defende a ênfase no "legado do PSDB e do nosso futuro", mas diz que o principal desafio dos tucanos é "refundar o PSDB em seu discurso". Entendeu?
Bandeira mesmo, apenas uma. "Vamos lutar contra o aparelhamento da máquina pública", como se os tucanos fossem virgens à beira do altar, ou como se dirigir um país fosse tão simples quanto escapar de um bafômetro. Ainda assim, e supondo que o desejo fosse sincero, desaparelhar a máquina a favor de que plataforma, de que propostas, de que objetivos, de que projeto social?
É mais simples convocar Carlos Lacerda para ocupar a tribuna.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

PT SÃO JOÃO DEL REI REALIZOU GRANDE ENCONTRO DIA 13.

O Partido dos Trabalhadores de São João Del Rei realizou na noite do dia 13 de outubro, um grande encontro com lideranças, filiados e simpatizantes da legenda.

O evento serviu para apresentar os novos filiados e os pré candidatos a Vereadores do partido e aliados. Para Cristiano Silveira, o evento serviu ainda para entusiasmar a militância rumo a Prefeitura em 2012.

O Deputado Reginaldo Lopes falou das ações do seu mandato para a cidade e considerou o evento um sucesso, pela quantidade e qualidade do público, já que mais de 100 pessoas compareceram ao evento.

Entre os novos filiados, o ex-Presidente da Camara Municpal, Emerson Alves, o médico João Reus, o Presidente do Conselho Tutelar Claret Rocha, o Reitor da UFSJ Hélvecio Reis dentre outras importantes lideranças.





segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Na foto do Bessinha, o Aécio (ou será o Cerra ?)


Saiu no Blog do Nassif



A entrevista vazia de Aécio

Luis Nassif

O PSDB teria adotado a estratégia correta, de definir um nome para as próximas eleições e apostar antecipadamente todas as fichas nele, não fosse um detalhe: o nome escolhido, Aécio Neves, não está pronto.

A entrevista ao Estadão é reveladora. Aécio não é portador de novas ideias, nova visão de país. Seu discurso é oco, um amontoado de clichês sem ideias mais elaboradas. Parece mais um garotão contando prosa do que um candidato a estadista.

Não conseguiu avançar além de nenhum dos clichês de campanha. Fala do legado de FHC, a fantasia das reformas (todo político vazio defende reformas genéricas, sem especificar conteúdo), critica o aparelhamento da máquina.

São declarações frutos de pesquisa de opinião. Só que a pesquisa olha o passado, o bordão que o eleitor conhece e da forma mais simplificada possível. As pesquisas não se baseiam em visões estruturadas de nada. Colhem apenas frases soltas. Cabe ao estudioso recolher as frases soltas e desenhar um todo lógico. Ao Estadista, cabe ir muito além da percepção atual dos eleitores.

Aécio se limita a repetir as frases escolhidas pela pesquisa. Ou seja, não chega sequer ao primeiro estágio, de elaborar um modelo sobre o presente. Menos ainda se mostra capaz de descortinar o futuro.




terça-feira, 4 de outubro de 2011

Deputado conquista ampliação da rede de urgência e emergência de São João, Barbacena, Congonhas e Lafaiete



 
O secretário de atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, anunciou na tarde de ontem, 26, que o Ministério da Saúde irá investir na ampliação da rede de urgência e emergência das cidades de Barbacena, São João del-Rei, Conselheiro Lafaiete e Congonhas. No total, as instituições de Saúde destas cidades terão mais 44 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “O secretário Helvécio se comprometeu com investimentos de recursos do Governo Federal para a construção, reforma e compra de equipamento das UTI’s”, contou o deputado federal Reginaldo Lopes.
 
O parlamentar foi responsável por articular o encontro dos representantes da área de Saúde das quatro cidades supracitadas que fazem parte do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência Centro Sul (CISRU), composto por 50 municípios.
 
O presidente do CISRU e prefeito de Prados, Gustavo Gastão, que esteve na reunião, explicou que os integrantes do Consórcio pediram a Reginaldo Lopes que intercedesse para que fossem levadas até a Secretaria de Atenção Básica as demandas de ampliação de leitos de UTI, já que há um déficit que poderá aumentar com a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Esta articulação do Reginaldo foi importante, pois obtivemos um excelente resultado na busca pela melhora do atendimento de saúde em toda nossa região”, declarou.
 
O vice-prefeito de Barbacena, Edson Rezende, também considerou o encontro bastante positivo. “Helvécio disse que os recursos para equipamentos já poderão ser destinados ainda neste ano, isto demonstra o comprometimento do Governo da presidente Dilma Rousseff com as redes de urgência e emergência”.
 
Para Lopes, a ação do Ministério da Saúde, ao investir no aumento da oferta de leitos, vai ao encontro da necessidade de melhorar a qualidade do atendimento e reduzir o tempo-resposta nos serviços de urgência. “Com os novos leitos conquistados, fica mais próximo a conquista do Samu regional, para que o serviço funcione de forma eficiente”, definiu.









segunda-feira, 3 de outubro de 2011

SJDR: Líderes comunitários estão insatisfeitos com a Prefeitura



Prefeito de São João del-Rei é criticado por jovens ligados a movimentos sociais. Eles reivindicam políticas públicas em prol da juventude


* Carlos Bem

A ausência de ações consolidadas de promoção da cidadania com foco na juventude tem levantado insatisfações nos movimentos sociais em São João del-Rei. Os recentes assassinatos de jovens e o envolvimento destes com a criminalidade são apontados como consequência da omissão do poder público.

Rodrigo Cipriano quer ações concretas
em defesa da juventude
 
Para o líder do movimento Força Jovem, Rodrigo Cipriano, a inexistência de políticas de juventude se deve a uma administração pública que não está preocupada com o social. Para ele o governo do prefeito Nivaldo Andrade (PMDB) é “populista, falso, apela para simplicidade das pessoas mais carentes para angariar votos. Com doações sem critério, um governo que não respeita as leis, não respeita as prioridades da população, principalmente não respeita a juventude e suas diversidades, pois, não temos políticas públicas municipais para os jovens” aponta Cipriano.

O movimento Força Jovem existe há sete anos e atua com foco na juventude do bairro Senhor dos Montes. Entre as atividades desenvolvidas pelo movimento estão campanhas socio-educativas, atividades culturais, de lazer e educação aos moradores da comunidade, além lutar contra o preconceito.

Já Aline Trindade do grupo de mulheres jovens do centro da cidade defende que a prefeitura tem realizado importantes ações na luta contra o machismo. “Toda vez que precisamos de apoio do prefeito para alguma atividade ele nos apóia” afirma. O grupo de mulheres jovens do centro da cidade foi criado recentemente e está em fase de organização interna.

Um dos movimentos sociais mais atuantes de São João del-Rei também está insatisfeito. Integrantes do Movimento Gay da Região das Vertentes cobram ações efetivas de defesa dos direitos humanos dos jovens. “A pobreza, o machismo, o racismo e a homofobia tem cor e classe social no Brasil. Em São João del-Rei não é diferente. Só que aqui a prefeitura não se preocupa com essas situações que colocam o jovem na marginalidade, na criminalidade, aumenta a vulnerabilidade social para não acessar serviços de saúde, educação, trabalho e renda. E a consequência a gente vê com os assassinatos, envolvimento com o tráfico entre outros. Onde falha a presença do poder público, o tráfico ocupa” relata Daniel de Freitas um dos diretores de juventude do movimento que também critica o não funcionamento do conselho municipal de juventude e a extinção da coordenadoria de políticas para a juventude que existia na estrutura da secretaria municipal de articulação comunitária.

O racismo é denunciado como um fator social que precisa ser combatido. O Movimento Gay da Região das Vertentes acredita que a discriminação contra jovens negros tem contribuído muito para o extermínio destes. Algo que evidencia um problema social também em São João del-Rei. O Fórum de Direitos e Cidadania ligado a Secretaria Geral da Presidência da República apresentou na semana passada na conferência livre de juventude e saúde do Ministério da Saúde um relatório sobre os assassinatos de jovens no Brasil. A grande maioria dos casos notificados acontece contra jovens negros, pobres e moradores de bairros periféricos. Diante do problema colocado o governo federal lançará o plano nacional de combate ao extermínio de jovens negros. Resta saber até onde as ações chegarão a São João del-Rei. As lideranças jovens dos movimentos sociais parecem não acreditar na atual gestão municipal para mudança deste cenário.

 
 
*Graduando em comunicação social - jornalismo pela UFSJ.
Despesa com manutenção da Cidade Administrativa já estourou orçamento de 2011

Só a energia elétrica da sede do governo custou ao estado R$ 6,9 milhões até setembro
Alice Maciel
Publicação: 03/10/2011 06:27 Atualização: 03/10/2011 09:32
O gasto operacional da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, sede do governo de Minas, ultrapassou em setembro o valor previsto para todo o ano. No orçamento foram destinados R$ 97 milhões, mas já foram gastos R$ 99,6 milhões. Entre os itens das despesas estão material de consumo, energia elétrica, alimentação, locação de máquinas e equipamentos, serviços gráficos, TV por assinatura, veículos, telefonia e manutenção das instalações, entre outros. Os dados foram consultados no Orçamento de 2011, disponível no site da Secretaria de Planejamento e Gestão e no Portal da Transparência.

A despesa com energia elétrica na Cidade Administrativa chegou, até setembro, a R$ 6,9 milhões. Esse valor é quase o total do orçamento reservado para esse tipo de gasto em 2011. Boa parte do sistema de iluminação dos prédios Minas e Gerais tem ficado acesa à noite e durante a madrugada e pode ser observado por quem trafega pela Linha Verde. Foi o que constatou o Estado de Minas às 2h de sexta-feira.

Quando a obra foi anunciada, no entanto, a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) publicou que a Cidade Administrativa economizaria energia por ter “prédios dotados de um sistema central computadorizado e inteligente que controla o uso de elevadores, o acionamento de lâmpadas e do ar-condicionado e a presença de sensores fotossensíveis que evitam a iluminação e climatização de ambientes vazios”.

Em fevereiro, o governo empenhou R$ 6,1 milhões para a Cemig. Em agosto, o dinheiro já havia sido usado e o estado teve de reservar mais R$ 963,4 mil, valor que também já está praticamente todo comprometido. O estado ainda tem de pagar para a companhia de energia elétrica R$ 152,2 mil referentes a gastos não pagos no ano passado.

O custo com energia elétrica está entre os serviços com terceiros que consumiram do governo R$ 66,6 milhões, a maior despesa operacional da Cidade Administrativa. O valor empenhado para esses serviços foi de R$ 78 milhões. Entre outros gastos estão: despesas de exercícios anteriores, que chegam a R$ 6.085.059,63, locação de mão de obra, que consumiu R$ 19.474.998,43, e serviços de consultoria, que chegaram a R$ 986.484,95. O governo não informa quanto foi planejado no orçamento para cada despesa pelo funcionamento dos prédios.

Previsão

Quando a Cidade Administrativa foi inaugurada, em março de 2010, o governo anunciou que havia a previsão de reduzir em R$ 85 milhões por ano as despesas com a máquina pública ao transferir as secretarias para o prédio localizado no Vetor Norte da capital mineira. Um ano depois de concluída, a Cidade Administrativa ainda não conseguiu, como previa, concentrar em um só local secretarias, autarquias e fundações. Conforme cronograma estabelecido pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), a transferência dos servidores deveria ter sido concluída em junho do ano passado, junto ao estudo que apontaria o valor dos imóveis para venda. Segundo cálculos do governo, a economia com o pagamento de aluguéis, quando a mudança estiver concluída, será de R$ 19,7 milhões por ano.

Segundo a assessoria da Seplag, o orçamento foi suplementado no início deste ano depois de ter sido aprovado na Assembleia Legislativa de Minas no ano passado. “Tal suplementação deveu-se ao fato de não termos todos os órgãos e entidades instalados até o prazo de elaboração e envio do orçamento para aprovação pela Assembleia, em 2010, o que impossibilitou um planejamento exato das despesas para 2011”, informou a secretaria, acrescentando que, na época, 10 órgãos e 4,4 mil pessoas estavam instalados na Cidade Administrativa e que, atualmente, já estão lá 55 órgãos e 15 mil pessoas. Ainda de acordo com a assessoria, os gastos estão sendo executados conforme o planejado e as despesas não deverão exceder o orçamento total aprovado para o ano. Quanto às luzes, a assessoria informou que são apagadas depois das 19h, mantendo-se acesas as do hall de recepção e pilotis por motivo de segurança. “Como a limpeza do complexo é realizada no período noturno (das 19h às 7h), as luzes dos andares são acesas de forma programada por setor que está em manutenção”.