Partido dos Trabalhadores - São João del-Rei

COMEÇA A ENTRAR ÁGUA NO

PALANQUE DE MARINA SILVA

O diretório mineiro do Partido Verde está em pé de guerra. A sigla não se entende sobre a sucessão estadual e há pelo menos dois grupos batendo de frente internamente. O motivo da discórdia é o lançamento ou não de candidatura própria para o Palácio da Liberdade.

A situação já era tensa e desandou de vez nesta semana, quando a senadora Marina Silva, pré-candidata verde ao Palácio do Planalto, esteve em Belo Horizonte e cobrou um palanque no Estado. O desejo da ex-ministra do Meio Ambiente vai ao encontro da posição do deputado federal José Fernando Aparecido (PV). Ele se lançou pré-candidato a governador.

No entanto, a idéia de Aparecido e Marina Silva encontra forte resistência da ala governista em Minas. O grupo insiste em uma aliança com o PSDB, do governador Aécio Neves. Os tucanos vão lançar o vice governador, Antonio Augusto Anastasia, candidato e uma parte do PV pleitearia um espaço na chapa.

O deputado federal Ciro Pedrosa é um dos integrantes da ala "aecista" do PV e defende o apoio da legenda à candidatura tucana. O parlamentar critica até mesmo a posição externada pela ministra na última semana de apoiar o senador Tião Viana (PT-AC) em sua candidatura ao governo do Acre em 2010.

"Não temos palanque para decolar no momento. A gente poder ter um candidato a governador fraco que em vez de ajudar a candidatura da ministra, vai atrapalhar. Se for para ter candidatura, é preciso ter candidatos em todos os Estados, até no Acre", afirmou Pedrosa.

O deputado refuta qualquer possibilidade de que Aparecido seja candidato do ao governo de Minas. "Ninguém impõe candidatura, isso é uma coisa de consenso. O que ele fez está errado", criticou o parlamentar. O deputado José Fernando Aparecido foi procurado pela reportagem durante toda a semana, mas não retornou as ligações.

Na contramão de Pedrosa, está o vereador e ex-deputado federal Leonardo Mattos que trabalha por um palanque para a ministra. "Há resistências, mas a ministra tem de te ser vista no Estado", cobrou.