Prefeitura recusa doações do
movimento Gay da Região das
Vertentes
Parte dos donativos recolhidos pelo movimento
Centenas de donativos arrecadados pelo Movimento Gay da Região das Vertentes (MGRV), em São João del Rei, podem não chegar nas mãos das inúmeras vítimas do período chuvoso registrado no início deste ano no município. De acordo com o presidente do MGRV, Carlos Bem, funcionários da prefeitura da cidade se recusaram a receber a doação nessa quinta-feira (9).
Desde de que uma enchente atingiu São João del Rei, a prefeitura do município disponibilizou o Lar Solidário como ponto de coleta de doações. O local é supervisionado pelo serviço de assistência social da cidade. Carlos Bem afirma que, por volta de 10h da manhã dessa quinta, integrantes do movimento foram até ao lar para entregar os donativos, mas foram mal atendidos e informados de que a doação não poderia ser recebida. Com a negativa, quatro Kombis carregadas com materiais escolares, alimentos, roupas, calçados, materiais de limpeza e utensílios de cozinha não puderam ser descarregadas.
Segundo o presidente do MGRV, o coordenador do Lar Solidário, Benedito Eugênio da Silva, que é ex-vereador e conhecido como “Bené do Calçadão”, alegou que a secretária de assistência social, Aline Gonçalves, que é mulher do prefeito da cidade, determinou a proibição do recebimento de donativos no local. Conforme o coordenador, eles não estão recebendo mais doações pelo fato da quadra do lar, onde são armazenados os donativos, já estar muito cheia e a coordenação não ter condições de levar as doações para outras cidades.
A posição da prefeitura causou revolta nos integrantes do MGRV, que começaram a recolher os donativos desde janeiro. Por meio de uma postagem no blog do movimento e a, Carlos Bem expressou a sua revolta em relação à posição da Prefeitura de São João del Rei. “Acho falta de respeito com os moradores do bairro Matozinhos que doaram e agora a prefeitura não quer receber. Não estou entendendo o que está acontecendo. Será que as pessoas não precisam dos donativos? Será que as crianças não precisam desses materiais escolares? Será que os pais de família não precisam dessas roupas, desses materiais de limpeza? Eu duvido que não precisem”, disse Carlos Bem.
A reportagem do Portal O TEMPO Online tentou contato com Benedito Eugênio da Silva e Aline Gonçalves desde a tarde dessa quinta-feira. Porém, até às 9h35 desta sexta-feira (10), ainda não havia tido sucesso.
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