sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lula disse que vai liberar imediatamente R$ 550 milhões para os dois Estados atingidos pelas enchentes




          O presidente Lula chegou ao município metropolitano de Rio Largo, em Alagoas, e não gostou do roteiro previsto pelo seu cerimonial: ver o rompimento de uma antiga barragem no rio Mundaú e a destruição do asfalto da via principal de acesso da cidade e da linha férrea, a partir de uma área mais alta da cidade, no centro. "Não quero ver barragem, barragem a gente conserta" disse ele, ao chegar ao local, de acordo com os integrantes da comitiva que estavam ao seu lado.
Imediatamente, Lula voltou ao carro para ir visitar uma área devastada pela enchente do sábado, a Ilha Angelita. Ele afirmou querer ver de perto o sofrimento das pessoas.
          O Presidente Lula reuniu-se por cerca de uma hora com os governadores de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB) e ministros na Base Aérea de Recife nesta quinta-feira, 24.
          No local, andou sobre destroços, lama, lixo, sentiu o mau cheiro que domina o local. Entrou em duas das casas que não foram totalmente derrubadas pelas águas, perguntou a situação das famílias e ao ser abordado por um rapaz que disse ter sido demitido há um ano e oito meses sem ter ainda recebido o seu FGTS, exclamou: "Tá ca bobônica".
          Chamou um assessor que pegou os dados de Almir José Paulino, que foi dispensado da Usina Utinga Leão, para ver o que pode ser feito."Isso é que é um presidente", "esse Presidente é povão mesmo" gritavam os moradores que o acompanhavam e o aplaudiam. Cento e cinquenta ex-moradores da Ilha Angelita que estão abrigados na escola municipal Evanda Carneiro foram visitados pelo Presidente, em seguida.
          Ele ouviu os pedidos de casa e ajuda de três deles, abraçou crianças, e prometeu ações rápidas, com o compromisso de que os desabrigados não voltarão a morar em áreas ribeirinhas e de risco.
          José Serra fugiu do Jardim Pantanal, e Lula, foi recebido assim...
Na cidade, Lula ouviu pedidos para que entrasse em casas arrasadas. Pediu então um par de botas para caminhar pelas ruas com lama.
          Moradores o abraçavam e pediam ajuda. Muitos choravam. O presidente se emocionou ao dizer: "Um cidadão que estava ali com o pé enfiado na lama fedida podia até xingar o presidente e o governador", disse ele.
          No carro, ele continuou vistoriando a cidade, uma carreata se formou -atrás seguiam veículos da comitiva e da polícia. Os moradores aplaudiam e gritavam que ele era o presidente "que bota o pé na lama".
          Os próprios integrantes da comitiva se impressionaram com a recepção calorosa da população a Lula, a despeito de toda a destruição.

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