Nova investida do PT
contra leis delegadas
Em outra frente de ataque, a direção nacional do PT se prepara para dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Adin
ALMG
Líder da oposição, deputado Rogério Correia (PT) defende debate com a população
Em mais uma tentativa de impedir que o governador Antonio Anastasia (PSDB) lance mão de leis delegadas para conduzir a reforma administrativa, o PT vai discutir o assunto, nesta quinta-feira (3), com líderes de movimentos sociais, representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e sindicalistas. A intenção dos opositores é analisar os detalhes da ação do governador e, se houver alguma irregularidade, lutar para barrar a implantação da reforma por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) e de um projeto de lei pedindo sua revogação.
Em outra frente de ataque, a direção nacional do PT se prepara para dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma Adin. A ação vai contestar as leis delegadas que dão ao governador mineiro poder para alterar órgãos da administração direta e indireta, por meio da criação, fusão e extinção das secretarias e mudanças nas atribuições de funcionários que ocupam cargos de confiança.
A previsão dos deputados é analisar, no encontro de hoje, as mudanças que já foram implantadas. “Vamos sentar com a população e os trabalhadores, coisa que o governo não fez”, afirmou o deputado Rogério Correia (PT), líder do bloco.
Na Assembleia Legislativa, os opositores pretendem ouvir a secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena. Durante a reunião de ontem, os parlamentares apresentaram um requerimento em plenário pedindo esclarecimentos. A solicitação não foi analisada.
O deputado Gustavo Valadares (DEM) sugeriu que a secretária seja convidada somente depois da formação das comissões temáticas da Casa, o que deve acontecer nas próximas semanas. “A Comissão de Administração Pública seria o melhor local para debater o assunto. Esperar mais 15 dias não muda nada”.
Mas a possibilidade foi descartada por Rogério Correia. “Eles querem é ganhar tempo. Depois da comissão, ainda tem que apresentar requerimento e convidar. É melhor vir ao plenário, já que vários setores foram afetados”.
O deputado Antônio Júlio (PMDB) foi além nas críticas. Ele cobrou esclarecimentos sobre uma possível dívida do Governo estadual, que teria fechado o ano com déficit de R$ 1 bilhão.
“Não é só lei delegada. Temos que avaliar tudo. Se tem coisa errada, alguém tem que assumir”, disse o peemedebista. A votação do requerimento para convocar a secretária Renata Vilhena foi adiada a pedido da presidência da ALMG.
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